28.3.07

Dinheiro dos mais pobres sobe 13 por cento

A.S., in Jornal Público

Os estudos provam que o Rendimento Social de Inserção (RSI) diminui a intensidade da pobreza, lembrou ontem o ministro do Trabalho, Vieira da Silva. Uma análise feita em 2000 mostrou que os indivíduos situados no grupo dos 10 por cento mais pobres do país viram o seu orçamento aumentar em cada mês na ordem dos 13 por cento. Um novo estudo, do investigador Carlos Farinha Rodrigues, será divulgado em Setembro.

Aludindo ao facto de o RSI ser uma medida que "ainda hoje não é pacífica", apesar do seu "elevado potencial como instrumento de inserção", Vieira da Silva fez questão de lembrar que sem um mínimo de subsistência, que o RSI garante, "é difícil falar de igualdade de oportunidades". E desmentiu ainda uma notícia do Diário de Notícias que dava conta de um aumento dos beneficiários de RSI, em relação a Janeiro de 2006. "Não aumentaram, o número estabilizou."

O que se passou, disse, é que havia dois universos de beneficiários: um constituído por pessoas que ainda estavam a receber o antigo Rendimento Mínimo Garantido (RMG), e não apareciam contabilizados nas estatísticas do RSI, e outro pelos que estavam abrangidos pelo RSI criado em Junho de 2003. Só em Junho de 2006 o processo de passagem de RMG para RSI ficou concluído.