25.3.07

Prioridades da presidência portuguesa da UE

in Jornal de Notícias

Em 2007, a União Europeia (UE) tem de assegurar a segurança da Bósnia-Herzegovina e tentar apaziguar o conflito que opõe o Kosovo à Sérvia. São problemas nos Balcãs, junto à fronteira externa da UE, que estão a preocupar os governantes europeus, face à futura adesão que alguns dos países da região pretendem pedir, como a Croácia, a Sérvia e a Macedónia. Além disso, a UE terá -nos anos imediatos - de testar a sua capacidade de intervenção em África, como no caso da República Democrática do Congo. As palavras pertencem ao ministro português da Defesa e fazem parte da lista de prioridades da presidência portuguesa no segundo semestre. Nestas, Nuno Severiano Teixeira inclui também o aprofundamento das relações com a bacia do Mediterrâneo e o Médio Oriente.

Na vertente da prevenção de conflitos, o ministro destaca, no último número da revista "Nação e Defesa", o Programa de Apoio às Missões de Paz em África (PAMPA) que Portugal tem vindo a apresentar aos parceiros da UE e aos países africanos.Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado - que deu o seu testemunho a esta publicação - considera que Portugal deverá "pôr agora à prova a sua capacidade de influência" e sensibilizar os parceiros europeus para a necessidade de olhar com atenção para a fronteira sul da Europa, o Magrebe, em detrimento do Leste, privilegiado até ao alargamento de 2004.

Na gaveta deverá continuar a questão turca. Depois da crise de Chipre e do adiamento na abertura de conversações com vista a adesão, Ankara não deverá ter, de Lisboa, luz verde para avançar nessa intenção.Uma mulher a dirigirTal como aconteceu em presidências anteriores, Portugal vai ter um porta-voz e, desta vez, é uma mulher Clara Borja, conselheira da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação Europeias), em Viena, conhecedora dos assuntos comunitários.