24.3.07

Segurança Social recua no alojamento do Bacelo

Aníbal Rodrigues, in Jornal Público

A Segurança Social não assume os custos de alojar, durante 60 dias, cerca de 50 pessoas, quase todas da mesma família, que moram em barracas na Rua do Bacelo, freguesia de Campanhã, Porto. Tudo porque a Segurança Social não dispõe da garantia escrita, por parte da Câmara do Porto, que no final desses dois meses os habitantes irão morar para um alojamento definitivo, providenciado pela autarquia, que pretende demolir as barracas.

A Segurança Social teme, portanto, que os 60 dias se transformem num prazo indefinidamente maior, com o inerente aumento de custos. "Não houve compromisso por parte da câmara que haveria realojamento e a Segurança Social não assume o alojamento por 60 dias sem que a câmara assuma o realojamento definitivo", disse Fernando Amaral, presidente da Junta de Freguesia de Campanhã. A comunidade residente no Bacelo tinha até quarta-feira para abandonar as barracas, conforme notificação camarária. Iriam então viver para pensões. Mas as pensões desagradam à comunidade e foi encontrado um terreno alternativo, que a Segurança Social recusa agora pagar o respectivo aluguer sem dispor de garantias municipais.