25.4.07

Segurança Social abriu novos serviços

Manuel Vitorino, in Jornal de Notícias


"Juntar o útil ao agradável", foi a expressão ontem utilizada em S.Mamede de Infesta, Matosinhos, pelo secretário de Estado da Segurança Social e pelo presidente da Câmara de Matosinhos, para descreverem o "bom climade relacionamento" na assinatura de dois protocolos entre a Administração Central e o Poder Local. O primeiro acordo consistiu na abertura das novas instalações do Pólo de Atendimento Integrado, um projecto da Segurança Social destinado a acudir pessoas em situação de "desfavorecimento social", ou seja, utentes habituais deste tipo de serviços.

Existem outros objectivos criar respostas integradas, optimizar os recursos ao nível do atendimento e fundamentalmente, reduzir os tempos de espera entre a situação detectada ("diagóstico") e as respostas aos problemas das famílias com carências sociais. O imóvel agora inaugurado (em regime de comodato por um período de 10 anos) fica situado na Rua Flor de Infesta, por detrás das Finanças e a poucos metros do quartel dos bombeiros locais. "É uma boa solução. A freguesia tem 25 mil eleitores, muita gente carenciada. O desemprego continua a ser um flagelo social", lembrou António Mendes, presidente da Junta de Freguesia.

O segundo protocolo consistiu na transferência de património do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social para as mãos da Câmara de Matosinhos. Ao todo são 323 fogos de cinco conjuntos habitacionais (Tarrafal, Refinaria Angola, Pescadores, Biquinha e Caixa Têxtil) cuja avaliação feita foi estimada em cerca de 6675 milhões de euros.

À entrada da concorrida cerimónia, Guilherme Pinto, presidente da Câmara de Matosinhos, elogiou a "capacidade" do Governo na assinatura deste protocolo e fez outras contas "Vamos ter mais 20 fogos disponíveis para acudir às famílias mais necessitadas do concelho", disse.

Por sua vez, o secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, utilizou, então, o conhecido conceito ("juntar útil ao agradável") para falar em "descentralização de competências" para a Câmara de Matosinhos, já que o Poder Local tem um melhor conhecimento dos problemas sociais e das respectivas comunidades.