Portugal preside à União Europeia no segundo semestre de 2007

Lucília Oliveira, in Fátima Missionária

Pobreza e SIDA nas prioridades portuguesas

A tarefa de Portugal no apoio ao combate à pobreza e à SIDA, durante a presidência da União Europeia será "difícil", afirma a directora executiva do Fundo das Nações Unidas para a População
Thoraya Ahmed Obdai defende que “para nós é muito importante que Portugal, através da presidência da União Europeia, apoie os objectivos do milénio, como o combate à pobreza, promoção da saúde materna e emancipação da mulher, prevenção e tratamento da SIDA e do meio ambiente”.

“Quando os europeus se reunirem com os líderes africanos terão de falar da pobreza e da SIDA”, apontou, referindo-se à cimeira União Europeia/África, cuja realização está prevista para a presidência portuguesa da UE no segundo semestre deste ano. “A SIDA não mata apenas pessoas, mas está também a gerar pobreza. Quem morre de SIDA? Jovens que poderiam trabalhar. Isto é desde logo um problema económico”, sublinhou.

Outro dos assuntos em destaque durante a presidência portuguesa é a imigração. Esta responsável alertou para o crescente número de mulheres e jovens, muitos deles órfãos, que estão actualmente a imigrar.

“Cada vez mais se verifica que mulheres e jovens estão a imigrar sem as respectivas famílias”, disse. Há casos de “mulheres traficadas” e “muitas são vítimas de tráfico humano e como não têm qualquer documento, tornam-se prostitutas”, acrescentou.

A saudita defendeu que a Europa, nomeadamente Portugal, devia apoiar os países de origem na luta contra a pobreza para que os mais desprotegidos não tenham de procurar um futuro melhor em terra alheia. E os países de de acolhimento deveriam ainda criar condições para que todos os imigrantes tenham acesso à saúde e à educação.