30.5.08

Agravamento de desiguldades é «empricamente falso», diz Santos Silva

in TSF

O ministro dos Assuntos Parlamentares considerou que a ideia de agravamento das desigualdades sociais em Portugal é uma «ideia empiricamente falsa». Em Coimbra, Augusto Santos Silva mostrou-se surpreendido com recente declarações de Manuel Alegre e Mário Soares a este respeito.

O ministro dos Assuntos Parlamentares classificou de «ideia empiricamente falsa» as opiniões que defendem se as desigualdades sociais se têm agravado em Portugal, pelo menos a avaliar pelos dados disponíveis.

No debate «Democracia e Diversidade», em Coimbra, Augusto Santos Silva recordou que «entre 1995 e 2005, baixámos de 23 para 18 por cento de pessoas em risco de pobreza, o que significa que meio milhão de pessoas deixou de estar em risco».

Santos Silva mostrou-se «estupefacto» com recentes declarações de Manuel Alegre e Mário Soares a este respeito e lembrou que na sua vida viu «pessoas a andar descalças, mulheres a lavarem roupa em tanques colectivos e pessoas sem electricidade».

Neste debate, o ministro lembrou também os aumentos acima dos cinco por cento no salário mínimo nos últimos dois anos, a redução de 50 por cento no pagamento de taxas moderadoras para pessoas com mais de 65 anos que não estavam isentas, o aumento do abono de família e a instauração de um subsídio pré-natal para as grávidas.

O governante explicou ainda que o Executivo assegura a todos os maiores de 65 anos um rendimento mensal per capita de 400 euros, através de 80 mil beneficiários do complemento solidário para idosos para os quais em média representa mais de 80 euros de rendimento mensal.

Santos Silva, que não esqueceu também a desaceleração da inflação, lembrou que a subida do crude, da gasolina e do gasóleo está a ser muito problemática e que está a criar uma «conjuntura económica tramadíssima».