30.1.09

Urgente coordenação europeia para salvar emprego

in Jornal de Notícias

A Organização Internacional do Trabalho considera que a crise económica na Europa está a ter um impacto alarmante nas empresas, no emprego e no trabalho digno e defende ser necessário coordenar medidas entre os vários países.

"O impacto da crise nas empresas, no emprego e no trabalho digno está a aumentar de uma forma alarmante", considera a Organização Internacional do Trabalho (OIT) num documento que vai ser discutido em Fevereiro em Lisboa.

No documento sobre as políticas de resposta à crise económica, a OIT defende que, tendo em conta que a crise é global, devem ser elaboradas políticas de combate com dimensão europeia e centradas no trabalho digno - que é o tema principal da agenda em curso da OIT.

A Organização Internacional do Trabalho considera que é necessário que sejam tomadas medidas monetárias, financeiras, fiscais, de promoção do emprego e de apoio social para fazer face à crise, mas, entende que elas devem ser coordenadas entre os vários países da Europa, para evitar grandes divergências.

A OIT refere que a maioria dos países estão a reduzir os impostos, a incrementar o investimento público e adoptar políticas para o emprego e de protecção do desemprego mas a realidade varia de país para país, também em função da rapidez com que as medidas são aplicadas.

Uma das medidas defendidas para aplicação imediata, e com efeitos imediatos, é o aumento do período de atribuição de subsídio de desemprego e de outros apoios sociais, de forma temporária.

"Este tipo de medidas tem a vantagem de ser direccionada para grupos sociais mais desprotegidos", diz o documento que será discutido na 8ª Reunião Regional Europeia da OIT, que vai decorrer em Lisboa entre nove e 13 de Fevereiro.

No entanto, a OIT constata que, na prática, apenas um número limitado de países da Europa aumentou significativamente o montante, a duração ou os critérios do subsídio de desemprego e de outros subsídios sociais.

Para que a agenda do Trabalho Digno tenha sucesso, a OIT considera essencial que o crescimento económico seja relançado e que no futuro seja menos volátil.