26.5.09

O Estado deve ajudar quem mais precisa

in Diário Económico

Os apoios para os idosos mais pobres subiram 200% até Abril. Mais de 200 mil pessoas recebem o complemento solidário para idosos. Estes números mostram bem a intensidade do impacto da crise nas populações mais desfavorecidas.

Os idosos são à partida um grupo de risco. Muitos estão a um passo de cair em situação de pobreza e exclusão. Portanto, devem ser particularmente protegidos pelo Estado. Situação que se intensifica perante os choques da pior crise económica desde, pelo menos, a II Guerra Mundial. Por isso, o Governo fez bem em aligeirar as burocracias exigidas para a atribuição dos apoios.

É nestas alturas que o Estado tem particulares responsabilidades. Deve actuar junto dos desempregados e das populações de risco para evitar que haja um aumento substancial da pobreza. Além de adoptar medidas para relançar a economia. O Executivo de Sócrates já anunciou vários pacotes contra a crise. Na protecção aos idosos começam a aparecer resultados. Na questão do desemprego, ainda não.

Mas há cuidados que é preciso ter. As medidas devem ter espaço de recuo. Ou seja, devem ser temporárias. Depois da recessão, é preciso desmontar grande parte dos pacotes anti-crise pois é a única forma de combater o desequilíbrio das contas públicas. Esse vai ser o problema que se segue.