29.6.09

Criadas 167.473 empresas em 2007, 73% sobrevive no 1º ano

in Diário de Notícias

O número de empresas criadas em Portugal atingiu 167.473 em 2007, sendo o sector dos serviços o mais dinâmico, e 73 por cento das novas unidades sobreviveram no primeiro ano de actividade, anunciou hoje o INE.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou os primeiros resultados sobre o empreendedorismo em Portugal para 2004-2007, com indicadores sobre a demografia das empresas que permitem caracterizar o dinamismo da economia portuguesa.

Segundo os dados do INE, em 2007, existiam 1,1 milhões de empresas não financeiras com 3,8 milhões de pessoas ao serviço e um volume de negócios de cerca de 354,3 mil milhões de euros.

Mais de 68 por cento do sector empresarial era composto por empresas individuais.

Mas, as sociedades, embora tenham um peso de apenas 31,8 por cento no total de empresas, empregavam 77,2 por cento dos trabalhadores e representavam 94,1 por cento do volume de negócios gerado pela área não financeira, em 2007.

A taxa de natalidade atingiu 15,2 por cento, com a criação de 167.473 novas empresas.

Os serviços têm a maior taxa de criação de novas empresas, com 17,7 por cento, enquanto a indústria tem o valor mais baixo, com 9,7 por cento, comportamentos que estão relacionados com os custos de entrada no mercado.

O INE realça que "cerca de 30 por cento dos nascimentos não sobrevive no final do primeiro ano".

Do primeiro para o segundo ano, "a taxa de sobrevivência do total de empresas decresce consideravelmente (19 pontos percentuais)" e do segundo para o terceiro ano, a descida é de 6,7 pontos, acrescenta o INE.

Por sectores, a indústria apresenta a maior sobrevivência num ano, mas no prazo de dois e três anos é a construção a área de actividade indicada.

Ao contrário, "ao longo do triénio 2004-2006, verificou-se um acréscimo no número de mortes de empresas" e, tal como na criação de novas unidades, os serviços registaram também a taxa de mortalidade mais elevada.

Em 2007, eram 1.410 as empresas de elevado crescimento (crescimento médio anual superior a 20 por cento durante três anos), com base no pessoal remunerado, uma percentagem que se eleva a 3.350 empresas quando o cálculo é feito com base no volume de negócios.

Em 2006, Portugal apresentava a terceira taxa de natalidade mais elevada entre os 16 países da União Europeia com informação disponível, e, em 2005, tinha a maior taxa de mortalidade, aponta o INE.

EA.