24.7.09

Ministro das Finanças exclui novas medidas e garante que as actuais são "adequadas"

in Jornal de Notícias

O ministro das Finanças rejeitou hoje, quinta-feira, a tomada de novas medidas para combater o desemprego, considerando que as acções actualmente no terreno "são as adequadas".

Em declarações à agência Lusa, Teixeira dos Santos afirmou que "as medidas no terreno são as adequadas", e vincou que isso "já foi reconhecido pela própria Comissão Europeia".

O governante considera que os números divulgados hoje, quinta-feira, pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que dão conta de uma subida de 28,1 por cento no número de inscritos nos centros de emprego em Junho, face ao mês homólogo, e um aumento de 0,1 por cento face aos números de Maio, são uma consequência normal da crise.

< "Os números mostram a preocupação central que devemos ter no combate ao desemprego", disse o ministro das Finanças, acrescentando que os efeitos das medidas tomadas pelo Executivo sentem-se mais rapidamente nas empresas do que na evolução do mercado de trabalho.

No entender de Teixeira dos Santos, o que é importante é "começar a pensar em fortalecer as empresas, criando instrumentos para que possam aproveitar o início do crescimento da economia".

O ministro, apesar de excluir a aprovação de novas medidas de combate ao desemprego, lembra que "o Governo actuou de forma preventiva" e salientou que, através dos "apoios às Pequenas e Médias Empresas e das bonificações nos juros, já foram disponibilizados 3,2 mil milhões de euros, que beneficiaram mais de 33 mil empresas e 500 mil trabalhadores".

Entre as medidas elencadas pelo ministro das Finanças e da Economia, contam-se também "a descida da Taxa Social Única em três pontos percentuais para trabalhadores com mais de 45 anos, que beneficiou 168 mil habitantes, os estágios profissionais para mais de 10 mil jovens e a formação dada a mais de 20 mil desempregados".

O governante reconheceu "o impacto dos números, apesar destas medidas", mas considerou que o aumento do desemprego é uma consequência natural da crise, "a mais grave dos últimos 80 ou 90 anos, que afecta muitas pessoas e põe em risco muitos trabalhadores".