20.7.09

Portugal fora dos circuitos do mercado negro

in Jornal de Notícias

O presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) não acredita que em Portugal haja tráfico de órgãos humanos. Não só porque a legislação existente "obsta a que isso aconteça", mas também porque "somos um país pequeno e, se alguém o fizesse, rapidamente seria denunciado", explica Morais Sarmento.

As próprias comissões de ética existentes nas unidades hospitalares estão atentas à questão e, perante qualquer dúvida que lhes seja suscitada durante o processo de recolha e transplante de órgãos, solicitam a intervenção do tribunal.

A procura de órgãos humanos nos mercados negros deve-se ao facto de não existirem órgãos suficientes para todos aqueles quantos precisam de um transplante. É sobretudo nos países mais pobres que este tipo de comércio ilegal se alimenta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 10% dos transplantes mundiais são realizados ilegalmente.

"Esta é uma prática inadmissível e inaceitável", frisa Morais Sarmento.