21.9.09

Número de inscritos ultrapassou os 500 mil em Agosto

in Diário de Notícias

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego subiu 28,7 por cento em Agosto em relação ao mesmo mês do ano passado, e aumentou 1 por cento face a Julho, segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

No final de Agosto, encontravam-se inscritos nos Centros de Emprego do Continente e das Regiões Autónomas 501.663 desempregados, mais 111.689 indivíduos do que há um ano atrás.

Face a Julho, o aumento foi de 1 por cento por cento, o que representa um acréscimo de 4.950 inscritos.

Para o aumento homólogo do número de desempregados inscritos - uma tendência que se mantém desde Outubro de 2008 - contribuíram sobretudo as subidas do desemprego entre os homens (45,6 por cento).

Em termos etários, o desemprego tanto subiu entre os jovens (29,2 por cento por cento) como entre os adultos (28,6 por cento).

A procura de um novo emprego - que justificou em Agosto o registo de 93 por cento dos desempregados - aumentou 30,5 por cento face ao mês homólogo de 2008, enquanto a procura do primeiro emprego subiu 4,4 por cento.

De acordo com a análise dos técnicos do IEFP, todos os níveis de habilitação escolar apresentaram mais desempregados do que há um ano, mas os aumentos percentuais mais elevados verificaram-se nos 2º ciclo do ensino básico e no secundário, com uma subida de 36,6 por cento, e de 36,4 por cento, respectivamente.

Relativamente ao tempo de permanência dos desempregados nos ficheiros, os registados há menos de um ano tiveram um aumento de 42,3 por cento enquanto os desempregados há um ano ou mais subiram 7,5 por cento, em termos homólogos.

O aumento do desemprego fez-se sentir nos diferentes ramos de actividade económica, destacando-se, com os mais acentuados acréscimos percentuais, a subida de 72,6 por cento no sector da construção e de 60,9 por cento na indústria da madeira e da cortiça.

Em termos profissionais, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, o mais acentuado aumento do desemprego verificou-se no grupo "operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil", com mais 90,588,7 por cento, refere o IEFP.

O número de inscritos devido ao "fim de trabalho não permanente" - que de acordo com o IEFP é o principal motivo de inscrição de desempregados - subiu 39 por cento nos centros de emprego do Continente.