30.11.09

ONU pede fundos para crises humanitárias

in Jornal de Notícias

Nações Unidas pediram à comunidade internacional fundos no valor de 7,1 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros) para enfrentar graves crises humanitárias em 25 países, no próximo ano.

Para o Sudão, considerado o país mais necessitado, estão previstos 1,8 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) para "passar de uma fase em que se faz o mínimo indispensável para manter as pessoas vivas e aliviar o seu sofrimento e criar as bases para se deixar a crise", disse a organização.

O Afeganistão surge em segundo lugar com 871 milhões de dólares (578 milhões de euros), seguido pela República Democrática do Congo (550 milhões de euros), Somália (457 milhões de euros) e os territórios palestinianos ocupados (441 milhões de euros).

O valor global para 2010 é menor do que o aplicado em 2009, ano em que as Nações Unidas pediram 9,7 mil milhões de dólares (6,4 mil milhões de euros) e dos quais recebeu apenas 64 por cento.

Nos últimos dez anos, a organização recebeu cerca de 67 por cento dos fundos solicitados anualmente, com excepção do ano de 2001, quando recebeu apenas 48 por cento.

No geral, as "necessidades humanitárias não têm aumentado muito, mas não foram reduzidas. Há também que ter em conta que 2009 foi um ano relativamente calmo em termos de catástrofes naturais", refere a ONU.

O Iraque deixou a lista dos dez países onde a situação é considerada mais crítica em termos humanitários, estando a atenção focada agora em grande parte de África.

O impacto dos conflitos armados contra civis em vários países daquele continente foi agravado pela seca severa e prolongada no chamado Corno de África, que causou uma grave situação humana no Quénia e na Somália.

Também o Chade, Uganda e República Centro-Africana são considerados prioridades humanitárias pela ONU.

Sobre o impacto da crise económica global no financiamento da ajuda humanitária, a organização afirma estar preocupada por a fragilidade das finanças públicas nos países doadores poder ter impacto nessa área.

Os países mais generosos em 2009, pelo seu contributo para fins humanitários em relação ao seu Produto Interno Bruto (PIB), foram o Luxemburgo, Suécia, Mónaco, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Irlanda.