28.1.10

Consumidores menos confiantes em Janeiro

in Jornal de Notícias

Os indicadores de clima económico e de confiança dos consumidores voltaram a diminuir em Janeiro, contrariando o "forte aumento" verificado desde Maio e Abril, respectivamente, segundo o INE.

A síntese económica de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que o indicador de clima económico caiu ligeiramente nos últimos dois meses, situando-se nos -0,7 em Janeiro, contrariando o "forte aumento" verificado desde Maio de 2008, depois de ter batido o mínimo histórico da série.

O INE regista que a diminuição no indicador de confiança dos consumidores observada nos últimos dois meses (fixando-se nos -32,3 pontos este mês) deveu-se ao "contributo negativo" e as "expectativas de desemprego mantiveram igualmente a tendência de queda em Portugal".

O instituto adianta que os indicadores de confiança sectoriais apresentaram "andamentos diferenciados", verificando-se uma diminuição na construção e obras públicas e nos serviços e um aumento na indústria transformadora e no comércio.

Já o indicador de confiança dos consumidores recuou nos últimos três meses, "invertendo o acentuado movimento ascendente iniciado em Abril, depois de ter atingido em Março o valor mais baixo da série".

No que diz respeito ao indicador de confiança da construção e obras públicas, verificou-se uma redução ligeira em Janeiro, que segundo o INE, retoma a "ténue trajectória descendente iniciada em Agosto", devido à deterioração registada nas opiniões sobre a carteira de encomendas, uma vez que as perspectivas de emprego estabilizaram.

Quanto à confiança dos Serviços, o indicador do sector revela uma diminuição, de menor intensidade, nos últimos três meses, que inverte também o aumento registado desde Maio, depois de ter atingido em Abril o valor mínimo da série. Esta redução na confiança deve-se ao contributo negativo das opiniões sobre a carteira de encomendas e das apreciações sobre a actividade da empresa, depois da recuperação das perspectivas da procura.

Pelo contrário, o indicador de confiança da indústria transformadora cresceu este mês, contrariando o "forte agravamento" verificado em Dezembro, devido ao "contributo positivo" das apreciações relativas aos 'stocks' de produtos acabados e das opiniões sobre a procura global.

No comércio, o indicador de confiança "recuperou ligeiramente em Janeiro, retomando o forte movimento ascendente iniciado em Abril, após ter estabilizado nos dois meses anteriores", com destaque para os subsectores, comércio por grosso e comércio a retalho.