28.1.10

Portugal dá pontapé de saída contra pobreza

in Jornal de Negócios

Um Call to Action global para unir toda a Europa numa luta cada vez mais premente: a pobreza já não é um problema exclusivo dos países em desenvolvimento, mas atinge um em cada seis europeus. Em Portugal foi lançada uma página na Internet e o tema reúne já muitos comentários nas redes sociais. Ontem o país deu o pontapé de saída para este desafio europeu, com o Football Match Against Poverty, cujas receitas revertem integralmente a favor das vítimas do Haiti


Um Call to Action global para unir toda a Europa numa luta cada vez mais premente: a pobreza já não é um problema exclusivo dos países em desenvolvimento, mas atinge um em cada seis europeus. Em Portugal foi lançada uma página na Internet e o tema reúne já muitos comentários nas redes sociais. Ontem o país deu o pontapé de saída para este desafio europeu, com o Football Match Against Poverty, cujas receitas revertem integralmente a favor das vítimas do Haiti

O Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social (AECPES) foi oficialmente inaugurado no dia 21 de Janeiro, em Madrid, no âmbito da Presidência Espanhola da União Europeia. Sob o mote “Ponha fim à Pobreza”, a iniciativa da Comissão Europeia propõe-se colocar na agenda mediática de todos os países da União Europeia (UE), em 2010, esta problemática que afecta um em cada seis europeus. O lançamento da campanha reuniu o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso e o primeiro-ministro espanhol, José Luiz Zapatero.

Defendendo a oportunidade da Estratégia UE 2020, que definirá as linhas de intervenção essenciais da política económica comum na luta contra a pobreza, Durão Barroso, sublinhou que esta luta “é uma parte integrante da estratégia para sair da crise. São geralmente as pessoas mais vulneráveis que acabam por ser mais duramente atingidas pelo impacto de uma recessão”, disse. Neste contexto, o Ano Europeu 2010 deverá “servir de catalisador para melhorar a sensibilização para este problema e dar um impulso decisivo à criação de uma sociedade mais inclusiva”, concluiu, alertando que “para oito por cento dos europeus o emprego não tem sido suficiente para poder sair da pobreza”, o que é “claramente inadmissível”.

Para o Comissário Europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades “a pobreza pode afectar cada um de nós – e a sociedade como um todo. Recordando que a maioria dos instrumentos de combate à pobreza já existe, a nível nacional, Vladimír Špidla reconhece que 75 por cento dos europeus “esperam alguma intervenção por parte da UE. O Ano Europeu vem colocar estes assuntos na agenda, de modo a que toda a Europa possa reunir esforços no combate à pobreza e exclusão social”, garantiu.