21.9.10

Crédito às famílias a subir e malparado agrava-se

in Jornal de Notícias

O valor do crédito concedido às famílias aumentou 130 milhões de euros de Junho para Julho, com o malparado a subir também para os 4,091 mil milhões de euros. No mesmo período, o valor depositado pelos particulares nos bancos subiu e é o maior de sempre.

De acordo com o Boletim Estatístico divulgado hoje, terça-feira, pelo Banco de Portugal, o valor dos empréstimos concedidos aos particulares subiu em Julho para os 140.495 milhões de euros, de 140.365 milhões de euros em Junho.

O único segmento cujo valor de crédito concedido subiu foi o da habitação, que atingiu os 112.635 milhões de euros em Julho, mais 322 milhões de euros, que em Junho.

Nos créditos para consumo, o valor diminuiu em 28 milhões de euros, enquanto que para outros fins, o crédito diminuiu 165 milhões de euros.

Malparado sobe em todos os sectores

No que diz respeito ao crédito de cobrança duvidosa, o valor agravou-se em todos os sectores.

Nos empréstimos para habitação, o crédito malparado subiu em 21 milhões de euros entre Junho e Julho, para os 1.958 milhões de euros, enquanto no crédito ao consumo subiu 73 milhões de euros (para 15.556 milhões de euros).

No crédito para outros fins, o malparado agravou-se, por sua vez, em 9 milhões (para 912 milhões de euros).

No total, o malparado aumentou dos 3,989 milhões de euros de Junho para os 4,091 milhões de euros em Julho, o que corresponde a 2,91% do total dos empréstimos concedidos pela banca.

Depósitos registam maior valor de sempre


O valor depositado pelos particulares nos bancos portugueses subiu 830 milhões de euros de Junho para Julho e regista o maior valor de sempre.

Segundo as contas feitas no Boletim Estatístico mensal, o valor dos depósitos dos particulares terá atingido em Julho os 119.232 milhões de euros, contra os 118.402 milhões de euros registados em Junho.

Desta forma, o valor depositado pelas famílias acumulou no final de Julho o seu quarto mês consecutivo de subidas (desde Abril que sobe) e está no seu máximo histórico, desde que o Banco de Portugal tem registo, ou seja, Outubro de 1989.