22.11.10

Pobreza: Que presente? Que futuro?

Lucília Oliveira, in Fátima Missionária

Seminário quer colocar na agenda de toda a sociedade a grave violação de direitos humanos sem quaisquer consequências para quem a provoca


A pobreza é um dos principais entraves à evolução das sociedades. É uma ofensa à dignidade humana e um dos principais focos de instabilidade social, «muitos governos têm procurado inserir nos seus programas de governação políticas que visem combater este flagelo social, mas que se têm revelado insuficientes face aos desequilíbrios económicos e sociais das últimas décadas».

17.9 por cento da população residente em Portugal encontrava-se em risco de pobreza, em 2009. Os dados constam de um inquérito do Instituto Nacional de Estatística referente às condições de vida e rendimento. A taxa de risco de pobreza tem permanecido nos 20 por cento. Mas se não se tivesse em conta os apoios sociais esta taxa aumentaria para 41.5 por cento.

Em 2009 procuraram o apoio social da Assistência Médica Internacional (AMI) 9.370 pessoas, mais 1668 casos do que em 2008. As expectativas para 2010 «não são as mais animadoras, perspectivando-se um aumento considerável no número de pessoas que procuram ajuda», adianta a AMI.

O seminário «Pobreza: Que Presente? Que Futuro?» surge no âmbito do trabalho que a Fundação AMI tem desenvolvido desde 1994. É um dia dedicado ao estudo e análise da pobreza, com comunicações repartidas por quatro painéis temáticos: da conceptualização, à análise do fenómenos nas crianças, passando pela vida adulta e pela realidade dos seniores. Decorre a 25 de Novembro, no auditório do Parque Biológico de Gaia, e reúne mais de 20 especialistas na área social, económica, cultural e política. Consulte o programa.