31.3.11

Permanência dos desempregados no IEFP sobe para 14,4 meses

Cristina Oliveira da Silva, in Diário Económico

Os desempregados ficaram mais tempo no IEFP em 2010 mas o Instituto acredita que as novas regras do subsídio facilitam o ajustamento.

Em 2010, o tempo médio de permanência dos desempregados nos centros de emprego aumentou para 14,4 meses. Isto quer dizer que a crise continua a ter consequências cada vez mais dramáticas no mercado de trabalho prolongando o período de desemprego de quem perde o seu posto de trabalho. E nem as novas regras do subsídio de desemprego, em vigor desde Julho, conseguiram conter a subida do prazo de permanência.

Em 2009, a média era mais baixa - 13 meses - e apontava já para uma melhoria face a 2008 (13,4 meses). Em 2010, o prazo volta a agravar-se e até supera a média de permanência registada no primeiro semestre do ano (13,7 meses), ainda antes da entrada em vigor das novas regras do subsídio.

O relatório do Instituto afirma que o tempo médio de inscrição nos centros de emprego em 2010 "contraria um pouco a tendência verificada nos últimos anos em resultado da diminuição do desemprego de longa duração ocorrida nesses anos". Ao Diário Económico, o presidente do IEFP justifica ainda a subida dos números "pela situação económica recessiva, mas também pelas alterações e reestruturações da economia". "São libertados empregados com baixas qualificações e mais idade, aumentando as dificuldades de inserção e o retorno ao mercado de trabalho", diz o dirigente acrescentando que "os novos desempregados inscritos até tem vindo a diminuir de forma homóloga, praticamente desde Novembro de 2008".