29.3.11

Quase metade dos portugueses mudavam de país para ter emprego mais atractivo

Patrícia Susano Ferreira, in Destak

Nove em cada dez portugueses inquiridos pela Kelly Services estariam dispostos a mudar para conseguirem o emprego certo e quase 45% não se importariam mesmo de se deslocar para outro país ou continente, a fim de garantir o seu emprego ideal. A família e os amigos (66%) são o principal obstáculo à mobilidade geográfica, seguida do custo da mudança (16%) e das barreiras linguísticas (9%).

«Em muitos sectores, existe um grande número de pessoas que está preparado para se deslocar dentro do próprio país ou para o estrangeiro no sentido de conseguir trabalho», explica o Director Geral da Kelly Services.

O destino mais desejado para trabalhar é na Europa (55%), bem à frente da América do Norte (12%), África (11%), América do Sul (8%), Ásia-Pacífico (3%) e Médio Oriente (1%).

O estudo, realizado no início de Janeiro de 2011, também revela mais de um quarto dos inquiridos (29%) trabalham no que consideram condições pouco convencionais, entre as quais as mais referidas são 'a realização de horas extra', que afecta 29% dos respondentes, seguido de 'horários atípicos' (24%), 'múltiplos empregos' (16%), 'excesso de viagens' (10%) e 'viver longe de casa' (9%).

Apesar de mais de um terço (43%) das pessoas que trabalham em condições não convencionais acreditarem que só podem continuar a fazê-lo por mais um ano, 35% dizem que podem sustentar essa situação «indefinidamente».