30.3.11

Rendimento disponível das famílias deve cair 3,4% este ano

in Diário de Notícias

O rendimento disponível real das famílias deverá cair 3,4 por cento em 2011, devido às condições adversas que esperam no mercado de trabalho e pelas medidas de consolidação orçamental, indica o Banco de Portugal.

De acordo com as instituição, a juntar-se a esta quebra estão também as "condições de acesso ao crédito mais restritivas" esperadas, e uma evolução moderação dos salários também no setor privado, a que acresce as decisões já conhecidas do Governo para o sector público, como o congelamento dos aumentos salariais e o corte aplicado às remunerações dos trabalhadores da função pública e entidades na órbita do Estado, como as empresas.

Estas componentes deverão assim afectar de forma considerável as projecções para o consumo privado, esperando o Banco de Portugal que este sofra uma contracção de 1,9 por cento em 2011 e 1 por cento em 2012.

A instituição liderada por Carlos Costa também prevê neste Boletim Económico de Primavera uma queda do emprego de 0,9 por cento este ano e de 0,3 por cento no próximo, depois da queda já registada na ordem dos 1,5 por cento em 2010.

Uma vez que as projecções são elaboradas com base em medidas já aprovadas ou com elevado grau de aprovação, o banco central afirma que o rendimento disponível das famílias aumentaria 1,1 por cento em 2012, "na ausência de medidas adicionais de consolidação orçamental ou de desalavancagem do setor privado", o que "traduziria a dissipação dos efeitos das medidas de consolidação orçamental".