25.5.11

Rede Europeia Anti-Pobreza pede inclusão da erradicação da pobreza nas agendas políticas

in TSF

A Rede Europeia Anti-Pobreza-Portugal apela aos partidos políticos que defendam a pessoa humana como primeiro capital, pedindo a inclusão da erradicação da pobreza nas agendas políticas, entre outras medidas.
Em comunicado, a Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN, na sigla em inglês) defende que «o modelo económico que vigorou até aqui revelou uma completa ineficácia na construção de uma economia sólida que gere riqueza e que favoreça a inclusão e a coesão social».

Nesse sentido, diz a EAPN, o próximo modelo económico tem de ser «fatalmente» diferente, dando prioridade ao bem-estar colectivo e à criação de condições que diminuam progressivamente as desigualdades existentes.

«Face às dificuldades e desafios que temos pela frente, a EAPN Portugal apela a todos os partidos políticos e ao futuro Governo que, a bem de uma governação assente numa democracia mais participada e responsabilizante, incluam na agenda política de governação do país o objectivo de erradicação da pobreza», lê-se no documento.

Por outro lado, pede que os responsáveis políticos «se empenhem em garantir uma redistribuição mais equitativa dos recursos e da riqueza», tendo isso em conta tanto na concepção das políticas económicas como das sociais.

O terceiro pedido diz respeito a reformas estruturais, salientando que «são muito limitados os resultados de medidas pontuais» e pedindo que «seja definido um rendimento adequado às necessidades fundamentais das famílias».

Pede também uma alteração ao nível dos modelos de funcionamento das instituições, sugerindo um «novo espírito empresarial com um significado mais polivalente», em que a gestão da empresa não tenha apenas em vista os interesses dos empresários, mas que se preocupe também «com todos aqueles que contribuem para a vida da empresa: trabalhadores, clientes, fornecedores e a comunidade onde está implementada e onde opera».

Por último, a EAPN pede «uma clara inversão dos valores que estão subjacentes ao domínio político», defendendo que o poder seja devolvido aos cidadãos, com «formas de democracia mais participativas».

A EAPN é uma associação sem fins lucrativos, sediada em Bruxelas, estando representada em cada um dos Estados-Membros da União Europeia por Redes Nacionais.