23.9.11

Marco António Costa anuncia programa de voluntariado institucional para função pública

in ionline

O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social anunciou hoje que será apresentado durante o mês de outubro um programa de voluntariado institucional para a administração pública.

"Durante outubro, [o governo] apresentará um programa de voluntariado institucional que contará com membros do governo para dar o exemplo", disse Marco António Costa, durante a sua intervenção na abertura do seminário "Voluntariado para o Século XXI", a decorrer no Porto, durante o dia de hoje.

À saída, escusou-se a dar aos jornalistas mais pormenores sobre o programa, dizendo apenas ser uma "iniciativa que procurará não só assinalar temporariamente um facto, mas criar um programa de voluntariado na administração pública".

“Temos hoje, na administração pública, extraordinários funcionários públicos que têm prestado um serviço extraordinário ao país e, muitos deles, todos os dias, prestam também serviço de voluntariado”, salientou.

Realçando a “necessidade de reforma do sistema do voluntariado” e lembrando que “no presente momento” adquire “uma particular importância”, Marco António Costa informou também que “o governo decidiu apresentar um programa de formação para voluntários que são hoje dirigentes de instituições sociais”.

“Através do POPH abrimos uma linha de candidatura para mil dirigentes frequentarem formação para preparar a gestão das suas instituições”, explicou.

No sentido de “cativar mais portugueses” para a causa do voluntariado e garantir o seu “reconhecimento cívico” está a ser ainda trabalhada, entre os ministérios da Solidariedade e Educação, a hipótese de o “diploma do secundário ter uma referência a uma distinção relativamente aos jovens que fazem do voluntariado uma atitude cívica permanente”.

“Estamos a estudar essa solução. Já acontece em muitos países que jovens e cidadãos que desenvolvem voluntariado recebem uma distinção cívica por isso e nós estamos a trabalhar nesse sentido”, referiu o secretário de Estado.

Quanto às alterações no ministério da Solidariedade Social, garantiu que as mesmas permitirão uma “maior consistência e eficácia organizativa a todas as estruturas”, uma vez que “não é por existirem muitos institutos e muitas chefias que a assistência, o apoio e a competência com que é desempenhada a função é maior”.

“Todas as propostas que nós fizemos de redução de número de dirigentes e de estruturas no âmbito do ministério da Solidariedade e Segurança Social é para o tornar mais ágil, eficaz e coeso na sua ação”, sublinhou.