30.5.12

Personalidades apelam à angariação de donativos para Fundo Social Solidário

in TSF

O movimento "Sociedade Civil Solidária" tem o apoio de personalidades de várias cores políticas e religiosas e pede apoios urgentes para quem caiu nas teias da crise.

Perto de 160 personalidades lançam, esta quarta-feira, um apelo à mobilização da sociedade civil e à angariação de donativos para entregar ao Fundo Social Solidário, criado há mais de um ano pela Conferência Episcopal Portuguesa.

Este fundo pretende responder à pobreza dos que foram atingidos pela crise e tem sido usado para pagar prestações da casa, despesas de saúde e propinas.

O movimento "Sociedade Civil Solidária", que será apresentado esta quarta-feira de manhã, no Centro Cultural de Belém, tem o apoio de personalidades de várias cores políticas e religiosas.

Entre elas Adriano Moreira, Manuela Ferreira Leite, Guilherme de Oliveira Martins, Rui Vilar, Laborinho Lúcio, Artur Santos Silva, Miguel Sousa Tavares, Barbosa de Melo, vários bispos e o imã da Mesquita de Lisboa, David Munir.

O manifesto que assinam pede apoios urgentes para quem caiu nas teias da crise e políticas que combatam efetivamente a pobreza que não para de aumentar.

Em declarações à TSF, um dos porta-vozes desta iniciativa explicou que estas personalidades «reconhecem que a solução da crise requer mudanças estruturais quer nas políticas quer nos comportamentos das pessoas e das empresas».

«Para além dos problemas da Justiça, desigualdades e da pobreza nos seus aspetos estruturais, há o problema imediato das pessoas que, de um momento para o outro, deixaram de poder satisfazer as suas necessidades elementares», explicou Alfredo Bruto da Costa.

Por seu lado, o presidente da Caritas explicou que o dinheiro deste fundo tem sido usado sobretudo para «dívidas da rendas da habitação ou de mensalidades aos bancos por empréstimos contraídos».

«Depois tem sido ao nível da saúde, para pagamento de medicamento e exames clínicos, e para pagamentio de despesas da educação, nomeadamente, nos últimos tempos, para apoio ao pagamento de propinas ou de alojamento de alunos», explicou Eugénio Rosa.