21.9.12

Videos para reflectir sobre a igualdade de género

Por Ana Cristina Pereira, in Público on-line

A ideia é gerar debate, reflexão, mudança. São duas mil cópias de oito sketches sobre igualdade de género que devem chegar a escolas, bibliotecas e outras estruturas capazes de os tornar acessíveis.

O projecto da Associação Soroptimist Internacional, produzido pela Academia Contemporânea do Espectáculo (ACEP), é apresentado às oito horas da noite, hoje, nos jardins da escola, na Praça Coronel Pacheco, no Porto.

Este é o último legado de Teresa Rosmaninho, activista dos direitos das mulheres, fundadora do clube Soroptimist Internacional, no Porto, e que morreu há um ano. Foi ideia sua recriar, primeiro, em teatro e, depois, em vídeo um punhado de situações do quotidiano que servissem de âncora a sessões de sensibilização sobre igualdade entre homens e mulheres.

O projeto Beatriz – promoção dos valores da igualdade de género no palco da vida, foi executado entre Novembro de 2008 a Julho de 2010. O Beatriz 2.0 – viver em igualdade de género está a sê-lo de Julho de 2011 a Dezembro de 2013. Na altura, João Paulo Costa encarregou-se da encenação. Agora, tudo se reajustou para António Júlio tratar da realização.

Os textos, que partem de aspectos referidos pelo IV Plano Nacional para a Igualdade, Género, Cidadania e Não Discriminação, levam a assinatura de Marta Freitas. Escreveu-os a pensar num público juvenil e sem abertura para vernáculo. Afinal, a ideia era o espectáculo, que foi apresentado uma dezena de vezes, ser replicado por grupos de teatro de qualquer escola. Agora, prevê-se um total de 100 sessões de sensibilização em estabelecimentos de ensino do distrito do Porto e a distribuição de cópias do vídeo, que foi financiada pelo Fundo Social Europeu e pelo Estado Português.

Antes, coube a Salomé Castro e Pedro Almendra darem corpo aos oito sketches. Agora, contrataram-se actores distintos para cada um. Há caras bem conhecidas, como a de António Capelo. Tudo para atrair público e pô-lo a pensar na construção da igualdade, diz Glória Cheio, da produção da ACE/Teatro do Bolhão.