30.11.12

Medidas activas de emprego e formação já chegaram a 395 mil desempregados

por Marlene Carriço, in Negócios on-line

Nos primeiros 10 meses deste ano, 395 mil desempregados foram apoiados pelo Estado através de medidas activas de emprego ou de formação.

"Entre Janeiro e Outubro deste ano, 395 mil pessoas foram abrangidas por medidas activas de emprego e formação profissional, um aumento de quase 20% em relação ao período homólogo do ano passado", disse esta tarde o secretário de Estado do Emprego, Pedro Martins, durante a conferência "Empobrecimento. Construir a Ajuda", uma parceria entre a Antena 1 e o Negócios.

O secretário de Estado reconheceu o "momento económico e social bastante difícil", mas sublinhou a importância de "inverter a tendência do desemprego, nomeadamente entre os jovens, e criar medidas que promovam o acesso dos jovens ao mercado de trabalho".

"Enquanto o regresso a maiores níveis de emprego não for possível, é muito importante reflectir em formas alternativas de respostas a situações mais urgentes, nomeadamente combate à pobreza e desemprego", rematou.

Neste sentido, Pedro Martins elencou vários programas públicos de apoio como o programa impulso jovem e a medida estímulo 2012. Esta última visa apoiar a contratação de desempregados inscritos nos centros de emprego e formação profissional há pelo menos seis meses. O Estado paga até 60% do salário oferecido pela empresa ao trabalhador.

Estímulo 2012 deu emprego a 15 mil
À margem da conferência, o governante disse que mais de 15 mil pessoas já conseguiram contratos de trabalho graças à medida "Estímulo 2012", o que, apesar de ser apenas uma gota no grande oceano do desemprego, "representa um esforço bastante significativo".
À margem da conferência, o líder da CGTP, Arménio Carlos, desvalorizou o número que dá conta de que 395 mil pessoas beneficiaram destas medidas de apoio do Estado (emprego e formação), qualificando-o de "propaganda do Governo" e dizendo que "as pessoas querem é emprego". E para isso "é preciso crescimento".