30.1.14

Aumento da luz em 2014 é maior para clientes bi-horários

por Ana Baptista, in Dinheiro Vivo

Os clientes com contadores bi-horários são os mais penalizados com o aumento deste ano da eletricidade e que é, em média, de 2,8% para os clientes domésticos e pequenas empresas. De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “a maioria dos consumidores com esta opção - quase 398 mil - com potência contratada entre 3,45 e 6,9 kVA tem em 2014 um aumento médio de 3,6%”.

E para quem tem potências entre 10,35 e 20,7 kVA, ou seja, quintas, casas com garagem ou pequenas e médias empresas, o aumento pode mesmo ser de 4,3%. Uma subida que abrange apenas 135 mil clientes dos quatro milhões que ainda estão no regulado.

Veja também: Clientes com bi-horário têm mais tempo para contestar ação da EDP contra a ERSE

Os clientes com bi-horário têm assim aumentos da luz superiores aos da média nacional para os clientes domésticos e pequenas empresas, mas diz a ERSE, são os únicos e a fatia mais pequena de todos os clientes regulados.

“A maioria das famílias portuguesas tem aumentos médios de electricidade de 2,2% em 2014”, diz a ERSE num esclarecimento divulgado hoje, no qual explica que o aumento de 2,8% para este ano anunciado em dezembro “é um valor médio, obtido tendo em conta a totalidade dos clientes”.

De acordo com o regulador, os aumentos podem ser superiores ou inferiores a essa média consoante a potência do contador e a energia consumida. Por exemplo, segundo dados recolhidos no site da ERSE, uma potência de 4,6 kVA paga 6,03 euros por mês, mas se for de 3,45 kVA paga 4,64 mês.

É por isso que, pelas contas da ERSE, quem tem uma tarifa simples e potência contratada entre 3,45 e 6,9 kVA (um total de mais de dois milhões clientes), terão este ano “uma variação média da tarifa de 2,2%, abaixo da média”. Já os 300 mil consumidores com tarifa simples e contadores entre 10,35 e 20,7 kVA “observam uma variação média de 2,1%”.

Estes esclarecimentos sobre os aumentos da eletricidade para 2014 foram enviados ontem à comunicação social pelo regulador da energia no seguimento de uma notícia da semana passada do Jornal de Negócios que referia que as famílias estavam a ser surpreendidas com aumentos de 5% e não de 2,8% como tinha sido aprovado pelo conselho tarifário e anunciado em dezembro do ano passado.