17.9.14

Aumento do salário mínimo à espera de "luz verde"

in TSF

Representantes do Governo e dos parceiros sociais reúnem-se hoje para discutir o aumento do Salário Mínimo Nacional. A TSF foi conhecer um casal que todos os meses faz contas para viver e ouvir representantes dos setores têxtil e da restauração.

A repórter Liliana Costa à conversa com um casal de Guimarães que vive com dois salários mínimos e que não se entusiasma com eventual aumento

A discussão vai decorrer no âmbito de um grupo de trabalho específico para este tema, criado na Concertação Social. O aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) não fazia parte da ordem de trabalhos da última reunião, mas as duas centrais sindicais colocaram o assunto à discussão para reafirmar as suas reivindicações.

A CGTP-IN considerou que «estão reunidas todas as condições económicas e sociais para que a atualização do salário mínimo tenha efeitos imediatos, pelo que não há razões nem desculpas para novos protelamentos». A UGT também reivindicou o aumento do salário mínimo, porque considera a questão prioritária.

As confederações patronais, embora se disponibilizem para discutir esta questão, não se têm manifestado favoráveis a um aumento da remuneração ainda este ano.

A propósito deste debate, a TSF conversou com um casal de Guimarães, que ganha o SMN, não se entusiasma com eventual aumento médio de 20 euros, pois feitas as contas ao que vão descontar, «chegamos ao fim com 5 ou 10 euros a mais. E isso não é nada».

Vera e Cristiano Silva queixam-se do elevado custo de vida e confessam que os 485 euros que cada um ganha nem sempre chegam ao fim do mês. Estão cansados de fazer contas à vida e estão determinados a procurar futuro lá fora.

A TSF ouviu também representantes dos setores têxtil e da restauração, onde ainda se pagam salários mínimos.

No têxtil, há condições para aumentar o SMN mas esperam que esse aumento não ultrapasse os 500 euros. Na restauração, avisam que aumentar o SMN implicará mais desemprego. Ambos os setores consideram o debate prematuro e defendem que antes era preciso discutir a competitividade das empresas.