19.11.14

Hospitais sem centros de apoio para mulheres violadas

por Filipa Ambrósio de Sousa, in Diário de Notícias

Este é um crime em que a prova morre no prazo de 48 horas, em que a vítima não deve tomar banho até ser examinada e em que deve, de imediato, ser observada pelo médico.

Os hospitais portugueses não oferecem as condições e requisitos mínimos definidos pelo Conselho da Europa para as vítimas de violação. Portugal gasta poucos recursos financeiros nos serviços de apoio e nem sequer preenche os requisitos mínimos legais europeus definidos pelo organismo europeu.

O alerta é dado pela Associação de Mulheres contra a Violência (AMCV) - que recebe diariamente mulheres vítimas deste crime nos centros de atendimento - baseando-se em dados do Observatório Europeu de Violência contra as Mulheres (OEVCM) e nos chamados requisitos mínimos (minimum standars) que os Estados são obrigados a ter, definidos pelo Conselho da Europa.

Este é um crime em que a prova morre no prazo de 48 horas, em que a vítima não deve tomar banho até ser examinada e em que deve, de imediato, ser observada pelo médico.

Na sexta-feira e sábado, Lisboa recebe especialistas internacionais para a Conferência Internacional: "Violação, Sobreviventes, Políticas e Serviços de Apoio, um Desafio Europeu", a decorrer na Gulbenkian.