31.12.14

Colégios de ensino especial dizem não ter dinheiro para começar aulas a 5 de janeiro

por Ana Bela Ferreira, in Diário de Notícias

A Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo denuncia falta de pagamentos do ministério da Educação, que deixaram colégios numa "situação financeira aflitiva".

O segundo período começa na próxima segunda-feira, mas para 700 alunos do ensino especial esse não vai ser um dia de regresso às aulas. Estas crianças e jovens frequentam colégios privados financiados pelo Estado que dizem estar numa situação financeira "dramática", devido aos atrasos nos pagamentos.

A associação que representa os oito colégios em causa divulgou esta tarde, em comunciado, que estes espaços "não têm condições para reabrir no próximo dia 5 de janeiro", depois de já terem denunciado atrasos nos pagamentos em novembro. Em causa está o atraso na transferência de verbas que já chegam a um milhão e duzentos mil euros.

Estas verbas dizem respeito aos serviços educativos, alimentação e transportes, desde setembro de 2014, explica a Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP).

As escolas particulares "têm dezenas de trabalhadores com salários em atraso, dívidas ao fisco e à segurança social e aos fornecedores". Motivos pelos quais, dizem, não poder abrir portas sem receber o dinheiro em falta.

Além dos colégios do ensino especial, também existe uma dívida a 15 escolas do ensino artísticos especializado. Esta ronda os três milhões de euros e vai levar à "falência técnica" de alguns colégios já no início do janeiro.

O DN questionou, entretanto, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) sobre estes pagamentos.