11.2.15

Cáritas. Escola e despesas de saúde pagas a 337 crianças em 2014

in iOnline

Perto de 340 crianças foram apoiadas, no ano passado, pelo programa da Cáritas Portuguesa “Prioridade às crianças”, que disponibilizou cerca de 55 mil euros para o pagamento de mensalidades relacionadas com educação e saúde.

Este programa “tem como objectivo salvaguardar as crianças mais desfavorecidas, assegurando o seu acesso a cuidados tão elementares como a alimentação ou a frequência de serviços de educação”, permitindo que tenham um crescimento saudável e uma adequada integração social, segundo a instituição.

Dados divulgados à agência Lusa referem que, desde 2011, o programa já apoiou 962 crianças, tendo gasto 195 mil euros no pagamento de mensalidade de escolas, em tratamentos dentários e na compra de óculos.

Segundo os dados, o maior número crianças apoiadas registou-se em 2013, com 493 a receberem ajuda para pagamento de mensalidades nas áreas da educação e saúde, no valor de 85 mil euros.

Em 2014, o programa ajudou 337 crianças e aplicou 54.606,66 euros no pagamento de mensalidades. Em 2011, apoiara 17 casos, com 5.533,07 euros. Em 2012, foram apoiados 115 casos, tendo gasto 50 mil euros.

Segundo a Cáritas, este apoio tem permitido garantir uma resposta eficaz no apoio às crianças que vivem em famílias com dificuldades financeiras.

O programa de âmbito nacional tem como missão sinalizar e acompanhar cada caso, zelar pelo respeito dos direitos das crianças, assegurar o acesso aos serviços necessários, prestar as ajudas possíveis, cooperar com as comissões de proteção de crianças e jovens e com outros serviços que actuem neste domínio.

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o risco de pobreza continuou a aumentar em Portugal em 2013, afectando já quase dois milhões de portugueses (19,5 por cento da população).

Apesar de o aumento do risco de pobreza ter abrangido todos os grupos etários, foi maior nos casos dos menores de 18 anos, tendo o risco de pobreza passado de 24,4%, em 2012, para 25,6% em 2013.

"A presença das crianças num agregado familiar está associada ao aumento do risco de pobreza, sendo de 23,0 por cento para as famílias com crianças dependentes e de 15,8 por cento para as famílias sem crianças dependentes", adianta o INE.