28.7.15

"Estado entregou a sua responsabilidade social às instituições"

in Notícias ao Minuto

O líder do PS/Madeira, Carlos Pereira, afirmou hoje que o atual Governo PSD/CDS "abandonou a construção de um Estado social" e entregou as suas responsabilidades às instituições de solidariedade social.

"Percebemos que este Governo do PSD/CDS abandonou a construção de um Estado social, de políticas e intervenção sociais que resolvam o problema da desigualdade social e pobreza", disse o responsável socialista após ter reunido com responsáveis de instituições de solidariedade na Madeira, no âmbito de uma iniciativa que denominou de 'roteiro social'.

Segundo Carlos Pereira, o atual Governo central "está, aos poucos, a entregar essas tarefas importantes a entidades que demonstram capacidade de intervenção grande e, por outro lado, revelam que o Estado tem lavado as suas mãos e abandonado estas tarefas".

O responsável do PS/M apontou que as famílias portuguesas estão confrontadas com uma situação financeira difícil e "a pobreza está a crescer", verificando-se um "aumento de instituições de solidariedade que têm aparecido na região para tentar resolver problemas que Estado não tem sido capaz de fazer".

Na opinião de Carlos Pereira, as políticas sociais devem ser "um eixo fundamental da governação".

"O PS não está minimamente de acordo com as políticas que têm cortado nas prestações sociais, nos salários, diminuindo o rendimento, retirando direitos às pessoas e assim tornado a pobreza uma realidade cada vez maior", argumentou o dirigente socialista insular.

Carlos Pereira considerou que estas políticas têm vindo a colocar as "famílias em situação cada vez mais difícil porque o Estado não demonstra capacidade para criar emprego e isso agrava mais a situação".

O líder do PS madeirense defendeu ainda que o próximo Governo nacional, o que vai sair das próximas eleições legislativas que estão agendadas para 04 de outubro, deve

"Colocar no centro da atenção a política social e deve garantir uma maior coordenação de todas estas entidades de solidariedade", para evitar que na sua atuação "se atropelem e não concorram entre si, mas se complementem, a par de uma política social interventiva".