Batalha prepara-se para receber refugiados

In Diário de Leiria

A câmara da Batalha está a "preparar o terreno" para acolher no concelho refugiados da Síria e da Líbia, três meses após ter anunciado a sua disponibilidade para tal e de ter manifestado a sua posição junto do Secretário de Estado da Administração Interna e do Conselho Português de Refugiados.

Ao Diário de Leiria, o presidente da câmara disse ontem que "o modelo de recepção aos refugiados já está a ser montado" e que, para isso, a autarquia tem previstas condições de integração social, como "alojamento, educação, apoio social e psicológico e empregabilidade". A capacidade do município é limitada, sublinhou Paulo Batista Santos, e o modelo está sustentado na "lógica familiar", pelo que haverá capacidade para acolher "três ou quatro famílias".

O edil referiu ainda que "dentro de dois ou três meses o município já estará em condições de receber refugiados" e acrescentou haver outros municípios do país que este mês e em Outubro começarão a acolher os primeiros imigrantes. "A Igreja também está a preparar algumas respostas específicas para este assunto", disse.

A decisão da câmara foi sustentada no já declarado apoio das empresas locais, que expressaram vontade de garantir a integração, na componente do emprego, dos cidadãos refugiados, em forma de comunicado. As instituições de solidariedade social também já confirmaram que estão disponíveis para auxiliar ao nível da recepção e apoio social. Na altura em que foi conhecida a pretensão da autarquia, Paulo Batista Santos referiu que “Portugal, tal como os outros países europeus, tem a obrigação de acolher os refugiados da Síria e da Líbia, países que registam situações muito graves do ponto de vista humanitário.”. “Para a Batalha será um grande desafio, mas estamos disponíveis para ajudar e apoiar estas pessoas que sofrem, com especial incidência as crianças e que são as principais vítimas”, acrescentou.

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