17.5.16

Políticas de natalidade devem sobreviver à mudança de governos, defende Marcelo

Miguel Midões, in "TSF"

O Presidente da República que foi a Coimbra encerrar as jornadas sobre envelhecimento ativo, inaugurou instalações da Universidade e ouviu lamentos de alunos, pais e professores.

É preciso medidas de incentivo à natalidade, que perdurem pelos sucessivos governos, defendeu hoje Marcelo Rebelo de Sousa.

O presidente da República esteve em Coimbra onde inaugurou a subunidade 3 da Faculdade de Medicina e onde depois encerrou as jornadas sobre envelhecimento ativo.

Marcelo lembrou que Portugal vive um duplo envelhecimento provocado pela queda da natalidade e pelo aumento da longevidade. Um fenómeno que coloca em causa setores como a saúde, o ordenamento urbano, mas também a educação.

Salvaguardou que não se quer sobrepor ao Governo, mas foi dizendo que o problema do país está na falta de medidas concertadas que apoiem a natalidade.

"Todas as iniciativas que venham a surgir neste domínio são bem-vindas. É natural que haja divergências de posicionamento partidário, ou outro. Mas, o que for possível aprovar no Parlamento de iniciativas legislativas no domínio da natalidade, e que depois sejam concretizadas de forma sustentada, que não conheça alterações de governo para governo, de maioria para maioria, é positivo", afirmou.

O presidente da República foi recebido por um grupo de professores de colégios privados, numa mancha de camisolas amarelas, estampadas com a frase: Em defesa da escola. "Como imaginam conheço o dossiê da frente para trás e de trás para a frente e estou esperançado que haja um diálogo frutuoso nos próximos dias", garantiu Marcelo.

Do outro lado, na receção a Marcelo estavam os estudantes de Medicina que ganharam um novo edifício. Trajaram de preto para referir um problema antigo. "Queríamos deixar um apelo: mais do que estimular a excelência do ensino é estimular a capacidade do país para fixar as pessoas que aqui forma".

Marcelo Rebelo de Sousa tomou nota, quer de uns, quer de outros e despediu-se, no 4º Encontro Regional sobre o Envelhecimento Ativo citando Kofi Annan, num apelo a um sentido mais humanista na construção da sociedade.