12.5.16

Taxa de desemprego volta a subir e chega aos 12,4% até março

In "Vanessa Cruz"

Há mais de 640 mil desempregados em Portugal e, no espaço de três meses, mais 6.300 pessoas entraram para as estatísticas negras. Indústria, construção, energia, água e serviços são os setores mais afetados

A taxa de desemprego subiu para 12,4% até março, um valor 0,2 pontos percentuais acima do valor com que Portugal fechou 2015, altura em que a taxa estava nos 12,2%.

O Instituto Nacional de Estatística estima que haja 640.200 pessoas. Contas feitas, no espaço de três meses, foram mais 6.300 pessoas que ficaram sem trabalho e entraram para as estatísticas negras.

Quem mais contribuiu para este aumento da taxa de desemprego? As estatísticas detalham que foram os homens (5.000, 1,5%), as pessoas entre os 25 aos 34 anos (18.800; 13,9%); quem tem um nível de escolaridade completo correspondente ao ensino superior, estando em causa 5.600 pessoas (4,7%). Mas entram também para as contas 23.300 pessoas à procura de novo emprego (4,3%) e quem está a querer encontrar trabalho há menos de 12 meses, ou seja, 21.900 pessoas, 9,2% do total, segundo as contas do INE.

Os setores mais afetados são a indústria, construção, energia e água (10.800 trabalhadores, 6,7% do total) e ainda o setor dos serviços serviços (10.400 mil; 3,1%).

Embora a taxa de desemprego entre os homens tenha aumentado ligeiramente (0,4 pontos percentuais) entre os homens na comparação em cadeia foi igual à das mulheres no trimestre analisado (12,4% em ambos os casos).

Já se olharmos para a comparação anual, o primeiro trimestre contou no geral com menos desempregados em relação aos primeiros três meses de 2015: menos 10,2%, ou seja, 72.700 pessoas.

O INE já tinha divulgado no final de abril a taxa de desemprego relativa apenas a março, apresentando uma ligeira descida para 12,1%. Em fevereiro, tinha subido para 12,3%, depois de ter ficado estável em janeiro em comparação com o final de 2015(12,2%). O balanço do primeiro trimestre é agora conhecido.

Contabiliza-se, ao mesmo tempo, a população empregada: os últimos números apontam para 4.513.300 pessoas, verificou menos 1,1% em relação ao último trimestre de 2015, o que equivale a 48.200 pessoas. Por contraponto, em termos homólogos houve mais 36.200 pessoas a conseguir um emprego. Em percentagem, a subida foi de 0,8%.

A estimativa do Governo para todo o ano de 2016 é que a taxa de desemprego recue para os 11,3%. A este ritmo, essa meta está ainda longe, mas ainda há mais três trimestres pela frente e o verão é sempre uma altura favorável às estatísticas, graças aos empregos sazonais.