2.8.17

Desemprego em Portugal abaixo da média do euro pela primeira vez em mais de 11 anos

Rita Faria, in Negócios on-line

A taxa de desemprego na região da moeda única desceu para 9,1%, em Junho, enquanto em Portugal caiu para 9%. Portugal não registava uma taxa mais baixa do que a média do euro desde Fevereiro de 2006.

A taxa de desemprego na Zona Euro fixou-se em 9,1% em Junho, o valor mais baixo desde Fevereiro de 2009. Este valor, divulgado esta segunda-feira, 31 de Julho, pelo Eurostat, compara com a taxa de desemprego de 9,2%, em Maio, e de 10,1% no mesmo mês do ano passado.

Em Portugal - e tal como o INE revelou na semana passada - a taxa de desemprego terá caído de 9,2%, em Maio, para 9% em Junho, o que significa que o país ficou abaixo da média dos parceiros do euro pela primeira vez em mais de 11 anos. É preciso recuar até Fevereiro de 2006 para encontrar um mês em que a taxa de desemprego em Portugal tenha sido inferior à média da região da moeda única (8,8% na Zona Euro e 8,6% em Portugal).

Na União Europeia, a taxa de desemprego manteve-se em 7,7% em Junho, o mesmo valor registado em Maio, que é o mais baixo desde Dezembro de 2008.

O gabinete estatístico da União Europeia estima que, em Junho, havia 18,725 milhões de pessoas sem trabalho na região, das quais 14,718 milhões na Zona Euro.

Comparando com o mês anterior, o número de pessoas desempregadas desceu em 183 mil na União Europeia e em 148 mil na região da moeda única.

Desemprego caiu em 27 dos 28 Estados-membros

Entre os 28 Estados-membros da União Europeia, as taxas de desemprego mais baixas em Junho foram registadas na República Checa (2,9%), Alemanha (3,8%) e Malta (4,1%) enquanto as mais altas verificaram-se na Grécia (21,7% em Abril) e Espanha (17,1%).

Comparando com o mesmo mês do ano passado, o desemprego caiu em todos os Estados-membros da União Europeia excepto a Estónia (os dados mais recentes mostram que o desemprego se fixou em 6,5% em Maio de 2016 e 6,9% em Maio de 2017).

As maiores quedas aconteceram em Espanha (de 19,9% para 17,1%) e na Croácia (de 13,3% para 10,6%).